Muito se fala sobre o efeito do alongamento antes do treino na musculação, e muitas das vezes que o alongamento atrapalha o desempenho no treino de modo geral.
📚Mas o que a ciência fala sobre isso?
Bom, apesar de alguns estudos reportarem queda no desempenho de atividades de força máxima e potência após a realização de alongamento estático, temos aqui um ótimo estudo que trata da sua influência no treinamento mais convencional, com uma zona de repetições maior e um volume em geral maior. (Lopes et al. 2019)
🎯Objetivo do estudo:
O estudo teve como objetivo verificar o efeito agudo do alongamento estático na amplitude de movimento passiva e no volume absoluto em uma sessão de treinamento de força para o peitoral maior e deltóide anterior.
📉 Metodologia:
O estudo foi realizado com 11 homens saudáveis e com prática no treinamento de força, com experiência nos exercícios utilizados (pecdeck, crossover e crucifixo com halteres).
O treinamento foi dividido em 3 sessões, onde na 1° realizou-se uma avaliação geral do indivíduo. Nas 2° e 3° sessões, os sujeitos realizaram de forma aleatória uma sessão com inclusão prévia de protocolo com alongamento (COM-A) e uma sessão sem alongamento (SEM-A). Além disso, foi realizado teste de 10 RM com 5 tentativas, por parte dos sujeito.
💥Protocolo do alongamento: Consistiu em alongamento da musculatura de peitoral maior e deltóide anterior, com 6 séries de 45 segundos com 15 segundos de intervalo, a 70-90% da percepção subjetiva de desconforto.
🎯 Resultados: Os autores observaram um pequeno efeito, porém não significante entre as condições no volume absoluto do primeiro exercício e na sessão de treinamento, além de uma maior amplitude realizada favorecendo o grupo com alongamento.
🧠O que podemos concluir?
O estudo nos mostra que a prática de alongamento previamente á musculação não compromete de maneira relevante o decorrer do treino. Então, se há a necessidade e você se sente bem ao realizar o alongamento, não se preocupe e vá enfrente 💪
Referência: Lopes et al. Alongamento estático de alta intensidade não afeta o volume absoluto de uma sessão de treinamento de força para o peitoral maior e deltóide anterior. Revista Brasileira Ciência do movimento.2019